Impressões da BGS 2017 - #BGS10


A Brasil Game Show (BGS) neste ano de 2017 comemorou sua décima edição e eu, Jorge Miashike, e Luís Filipe do Revs TV, representamos o DGDC neste evento que é considerado a maior feira de games da América Latina. A BGS 2017 aconteceu no Expo Center Norte, entre os dias 11 e 15 de outubro, local que já sediou a feira em anos anteriores, ano passado ela aconteceu na São Paulo Expo, com amplo espaço e pavilhões temáticos, a BGS deste ano foi a maior já realizada.

Além de cobrirmos o evento como imprensa, eu e Luís também colaboramos no estande do VGDB (Video Game Data Base) que este ano trouxe para a feira parte da coleção de Edson Godoy, idealizador do projeto de preservação da história dos videogames no Brasil, além de convidados ilustres como Fernando Santos, o Nando Games, famoso técnico em eletrônica especializado em videogames antigos e nas horas vagas constrói magníficos consoles modificados, e Marcus Garrett, pesquisador e especialista na segunda geração de videogames que escreveu maravilhosos livros entre eles 1983: O Ano dos Videogames no Brasil e 1984: A Febre dos Videogames Continua os quais serviram de roteiro para o documentário 1983 - O Ano dos Videogames no Brasil.

Devido a correria do VGDB, não sobrou muito tempo para eu olhar os outros estandes, porém conseguimos conversar rapidamente com Renato Arrais na área de jogos independentes. Renato que por diversas vezes atendeu a nossa equipe aqui no DGDC e em vídeo divulgou seu mais recente trabalho, A Prisioneira da Noite.

Obrigado Renato pela entrevista.

Falando ainda de estandes, o estande da Sony é praticamente o mesmo do ano passado e foi ofuscado pela rival Xbox, que em todos os momentos em que passei perto, havia muita animação, além de ter como chamariz o novo aparelho da Microsoft, o Xbox One X, com algumas estações rodando a versão de desenvolvedor, a versão final do videogame estava em redoma. Saliento que os gráficos ficaram muito bonitos e fluídos, entretanto havia um loading demorado no game Forza Motorsport 7, pelo menos foi esta impressão que tive.

Protótipo do Xbox One X utilizado para uso dos visitantes. 

Protótipo do Xbox One X utilizado para uso dos visitantes. 

Versão final do Xbox One X em exposição.

Versão final do Xbox One X em exposição.

Versão final do Xbox One X em exposição.

No estande da Ubisoft havia coisas muito interessantes, como uma parede de escalada para promover o game Assassin's Creed Origins e uma igreja temática parcialmente destruída mostrando o jogo Far Cry 5. No estande da Activision, estavam sendo divulgados os jogos Call Of Duty: World War II e Destiny 2, ambos rodando em PlayStation 4 Pro, como sou um completo noob em ambos os títulos, gostei mais de Destiny 2 por apresentar uma jogabilidade mais agradável, na verdade morri muito mais em Call of Duty, daí a minha preferência pelo Destiny.

Como em outras edições da Brasil Game Show, havia um espaço reservado para o museu dos videogames, onde aparelhos da coleção particular de Marcelo Tavares, criador da BGS, estavam em exposição.

Este ano, a BGS trouxe convidados internacionais muito especiais, entre eles Ed Boon, co-criador de Mortal Kombat, David Crane, criador dos games Pitfall e Decathlon para Atari 2600, Nolan Bushnell, fundador da Atari, e Hideo Kojima, criador da série Metal Gear e do clássico cyberpunk Snatcher. Houve painéis e meet & greet com os convidados. No caso de Hideo Kojima havia um cadastramento a ser feito dias antes do evento onde houve sorteio de convites, infelizmente eu e Luís conseguimos apenas conferir os painéis onde Kojima recebeu o prêmio Lifetime Achievement Award e registrou suas mãos na Wall of Fame do evento.

Painel Kojima em 12/10/17.

Painel Kojima em 13/10/17.

Um ponto muito positivo que noto em todas as edições da BGS que participei é a inclusão social, diversos cadeirantes estavam no evento, principalmente na entrada do evento e na sala de imprensa, orientando os visitantes. Confira nossa entrevista com a Bruna que estava trabalhando na Brasil Game Show.

Obrigado Bruna pela entrevista.

Os cosplays são outro atrativo da BGS, alguns chamavam muito a atenção devido ao grau de perfeição que atingiam, você confere alguns deles em nossa página do Facebook e também na página do VGDB.

Obviamente que um evento deste porte teria alguns problemas, como preço alto da comida, o mais acessível era o Cup Noodles que custava cinco reais, houve furto, segurança implicando com visitante e a falta dos arcades de luta na área de fliperamas. Aconteceu um episódio chato envolvendo o estande do jogo de luta GUTS, da desenvolvedora independente Flux Game Studio, que foi expulso do evento, maiores detalhes aqui. Mas nada que pudesse manchar de fato a reputação da feira.

A Brasil Game Show também serve de motivo para reunir pessoas do país inteiro, encontrar pessoalmente os amigos da internet, conhecer o ídolo do canal favorito, e matar saudade das épocas de locadora e fliperama, onde os amigos se reuniam e batiam papo por horas e horas sem atritos por conta da preferência por gostar de um sistema A ou B.

No próximo ano, a BGS acontecerá no mesmo local, Expo Center Norte, entre os dias 10 e 15 de outubro de 2018. Os vídeos do evento você acompanha em nosso canal no YouTube e no canal do VGDB.

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