DC Future State: Justice League #01 - Crítica

Por Ricardo Syozi

Foto: Divulgação/Dan Mora

No começo de 2021 deu início a uma série de novas revistas em quadrinhos da DC Comics baseadas em um futuro não tão distante dos nomes mais icônicos da empresa. Ao fim da saga Death Metal, a DC optou por criar durante dois meses, uma nova leva de histórias que serve como uma brincadeira de situações e dias vindouros. Este é o DC Future State.

Ao todo são 24 títulos variados entre muitos personagens importantes como Batman, Mulher-Maravilha etc. Esta análise é unicamente sobre a primeira edição da Liga da Justiça, lançada no dia 12 de janeiro de 2021.

Foto: Divulgação/Dan Mora

As primeiras páginas da HQ servem para resumir e apresentar a nova formação da Liga. Temos o Batman (Tim Fox) que assumiu o manto do homem-morcego e conseguiu, aparentemente, acabar com o crime e a loucura em Gotham City; Aquawoman (Andrina Curry), filha de Aquaman e Mera; Superman (Jon Kent), filho de Clark Kent e Lois Lane; Mulher-Maravilha (Yara Flor), princesa brasileira do Amazonas; Lanterna Verde (Jo Mullein), considerada a maior detetive do multiverso; The Flash (Jess Chambers), originalmente da Terra-11, esse Flash visitou a Terra-0 para avisar de uma terrível conspiração e decidiu ficar para ajudar.

Também, logo no início, a Legião do Mal é apresentada. Eles dizem que estão cansados de sempre saírem derrotados dos confrontos contra a Liga, mas que agora possuem um novo plano para serem vencedores. Tudo o que precisam é de uma ajuda externa.

CUIDADO! A PARTIR DAQUI HÁ SPOILERS!

Em seguida, ainda no primeiro ato, descobrimos que toda a Legião do Mal foi massacrada, porém não sabemos a identidade de quem fez essa matança. A nova Liga está investigando dentro do antigo Hall da Justiça, abandonado pela Liga original anos atrás após um evento de traições e decepções. No segundo ato é explicado que o atual grupo de heróis é menor na quantidade de membros e têm novas regras como não dizer suas identidades secretas e se socializar entre eles. A tão sonhada paz foi alcançada, mas para isso muitas limitações tiveram que ser impostas.

É claro que alguns membros já quebraram essa última regra.

Para começar o terceiro ato, Superman e Mulher-Maravilha aparecem atacando The Flash, Aquawoman, Lanterna Verde e Batman. Isso parece algo vindo do nada, mas que traz algo de pouca inovação, ainda mais para uma HQ que tem a intenção de ser diferente e oferecer novidades aos fãs. Sem nenhuma grande surpresa, descobrimos que a Liga que está atacando os membros da Liga é, na verdade, seres que conseguem se transformar em cópias exatas de outros seres, ou seja, são marcianos brancos que se auto-denominam o Hyperclan. Assim a história se encerra deixando o gancho para a edição de número 2.

FIM DOS SPOILERS

O roteiro foi escrito por Joshua Williamson e a arte é de Robson Rocha. O traço, num todo, é bem satisfatório, em especial nos planos mais distantes. Não é algo que ficará nos anais da DC Comics, mas é bom o suficiente para fazer o leitor parar e admirar as escolhas de cores e posicionamento. O texto possui partes interessantes, explicações curtas e coerentes, mas só consegue surpreender o leitor nas três primeiras páginas, depois disso se torna comum e pouco empolgante. Fica difícil se prender na cadeira quando o principal ponto da primeira edição é que teremos cópias malignas dos heróis, um ponto narrativo extremamente usado em revistas de heróis.

Por ser uma edição curta, a leitura se torna gostosa e nada entediante, mesmo que previsível. A parte mais interessante é pensar em como os heróis vão conviver entre si e enfrentar essa nova crise contra o Hyperclan, me interessei bastante pela nova Lanterna Verde e pelo novo Batman, pois eles parecem bastante diferentes de suas contrapartes do “presente”. De qualquer forma, DC Future State: Justice League Número 01 vale a leitura e a curiosidade. A Panini já confirmou que vai trazer o arco para o Brasil em outubro de 2021. Aqui deixo a minha recomendação para qualquer fã da Liga da Justiça.