A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell - Crítica Sem Spoiler


Versão Resumida
Vale o ingresso para os que conhecem o mangá ou o anime e quem quer percorrer os olhos pelas curvas de Johansson.

Versão Longa
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell é a adaptação norte-americana para o mangá de Masamune Shirow, entretanto acredito que a maior influência seja a animação de 1995, cuja história é focada na personagem de Scarlett Johansson que interpreta a Major, integrante da Seção 9, uma organização governamental que executa missões que a polícia não consegue resolver, e a missão dela e da Seção é encontrar um misterioso hacker que tem assassinado figuras que possuem alguma ligação obscura.

Neste mundo futurista, grande parte das pessoas possui alguma modificação cibernética e são poucas delas que são totalmente humanas, a Major é o primeiro robô com cérebro humano fabricado por uma empresa chamada Hanka, cuja equipe de cientistas é liderada pela doutora Ouelet, interpretada pela atriz Juliette Binoche. Hanka é uma companhia que possui contrato com o governo e que abastece a Seção 9 com sua tecnologia.

A Seção 9 é liderado por Aramaki, interpretado pelo ator Takeshi Kitano (Brother, Zatoichi) e a equipe é formada por Batou (Pilou Asbæk), parceiro da Major, Togusa (Chin Han), Ladriya (Danusia Samal) entre outros. Cada membro tem participação no filme com menor ou maior relevância, tendo maior destaque os personagens Aramaki e Batou, este tendo narrada a origem de uma particularidade sua.

O filme é uma adaptação que remete bastante ao anime dirigido por Mamoru Oshii, inclusive algumas sequências foram muito bem adaptadas para o live action. Há também trechos da trilha clássica de Kenji Kawai. Os cenários futuristas são fantásticos, mostrando uma cidade altamente tecnológica ao mesmo tempo em que podemos notar brevemente que os problemas do passado persistem apesar de toda a tecnologia.

As interpretações estão muito boas, pois os atores conseguiram incorporar a personalidade dos personagens da animação, uma vez que o anime possui um tom mais sério do que o mangá. As armas e veículos que aparecem na película são muito interessantes, pois mesclam o design antigo com toques futuristas.

Ghost in the Shell conseguiu adaptar com êxito a trama da Major, com suas angústias e dúvidas sobre a sua existência, inclusive trazendo elementos novos à trama para se adequar ao gosto hollywoodiano deixando-a melhor compreensível, mas sem duvidar da capacidade do público em compreender a história.

Para quem curte o mangá, publicado aqui no país pela editora JBC, e o anime, que saiu por aqui com o nome de O Fantasma do Futuro, é sem dúvida alguma uma bela adaptação dirigida por Rupert Sanders (Branca de Neve e o Caçador) e vale o ingresso, entretanto, o ritmo lento em algumas passagens pode tornar a experiência desagradável para os não iniciados no universo de Ghost in the Shell


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