Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba - Crítica da primeira temporada

Foto: Divulgação/Ufotable/Netflix

Por Jorge Miashike

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba é um anime produzido em 2019 pelo estúdio Ufotable, baseado na obra de Koyoharu Gotouge, ele se passa no Período Taishou (1912 a 1926) e narra sobre o jovem Tanjiro Kamado que tem grande parte de sua família assassinada e a única sobrevivente é sua irmã mais nova, Nezuko, que embora viva, foi transformada em demônio, oni no original japonês, logo o objetivo de Tanjiro é reverter a transformação de sua irmã e torna-la humana novamente.

Para isso, Tanjiro é obrigado a se tornar um matador de demônios e passa por um árduo treinamento e após sua conclusão, Tanjiro e Nezuko passam a percorrer o Japão em busca do demônio causador do malefício à família deles. Uma característica marcante no personagem Tanjiro é a maneira com que trata os demônios que ele encontra em seu caminho, implacável e misericordioso.

Demon Slayer é um caso raro em que o anime é melhor que o mangá, aliás, bem melhor, muitos capítulos de Demon Slayer possui a qualidade de um bom longa-metragem ou OVA (Original Video Animation), não só em termos de animação, mas em relação também a trilha sonora incidental, que espetáculo. A história em si é basicamente a de, comumente chamado, shonen de lutinha.

A animação, ao longo de seus 26 episódios, conseguiu trabalhar melhor a personalidade dos personagens principais do que no mangá, porém há algumas diferenças de conduta, principalmente de Tanjiro, no mangá há menos momentos de alívio cômico protagonizados por ele, nos quadrinhos ele é mais sério.

Tanto no anime quanto no mangá, os amigos de Tanjro, Zenitsu Agatsuma, o matador de cabelo alaranjado, e Inosuke Hashibira, o matador com cabeça de javali, garantem bons momentos de risadas. Zenitsu é um caso raro de personagem que consegue ser irritante e cativante ao mesmo tempo.

Há barriga na série, porém mesmo assim foi divertido assistir. Refiro-me mais especificamente ao episódio 14, A casa do brasão da Família Wisteria, o mais engraçado desta primeira temporada.  O anime possui uma boa estrutura de gancho entre os capítulos focados nas lutas, pois o cliffhanger se dá no ápice do embate continuando no episódio seguinte.

Não existem, até o momento, grandes reviravoltas na trama, mas também não há nada que desabone a ela, a história não possui o mesmo senso de urgência que encontramos no mangá, até porque o ritmo de cada obra é diferente e nos quadrinhos cada leitor tem seu ritmo de leitura.

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba no Netflix é uma obra que ressalta bons valores: amor, família, amizade etc. Os nomes dos personagens são m pouco complicados de memorizar. É muito violento sem ser gratuito, pois existem razão e coerência em cada, enfim, apesar de possuir barriga e ser repleto de clichês, não é algo que desabone a obra, está recomendado.