Lute pela cura dentro de um corpo enfermo em Herodes - Review

Por Jorge Miashike

Herodes no Steam

Herodes para Nintendo Switch A premissa de Herodes envolve a limpeza do organismo de uma pessoa doente, lembrando o filme "Viagem Insólita" (Innerspace) de 1987. No início, é preciso se familiarizar com os controles. Alguns botões e elementos no HUD só terão utilidade depois de adquirir novas armas. Os comandos incluem: tiro, ataque especial, deslocamento rápido (dash), seleção de ataques especiais e virar a nave. O dash é útil para se livrar de inimigos, causando danos, mas requer preenchimento da barra no HUD e proporciona invencibilidade temporária (i-frame). O comando para virar é eficaz contra chefes de fase, lembrando games da série Darius. Acredito que teria sido mais prático, se a nave virasse automaticamente. O ataque especial padrão é uma bomba que desacelera o tempo, mas não causa dano. Inclusive, seus tiros também ficam lentos. É eficaz em batalhas contra chefes, e pode ser intercalado com outros ataques especiais, incluindo o dash. Após a primeira fase, nos deparamos com uma tela cheia de informações. Nela podemos, inclusive, fazer melhorias na nave. Em Herodes, com exceção da primeira fase, as demais podem ser jogadas na ordem de sua preferência, ou você pode simplesmente partir para a última fase, cérebro. Sempre se começa cada fase com três vidas e os continues são infinitos. É possível repetir uma fase várias vezes para acumular pontos, que podem ser trocados por melhorias. Você pode sair de uma fase a qualquer momento e os pontos adquiridos, ao fazer isso, não são acumulados. A nave inicial é bastante fraca, logo, é necessário fazer melhorias antes de partir para a batalha final. Cada uma das fases se passa num órgão diferente e há diferentes missões a serem cumpridas. O sucesso, ou fracasso, nessas missões não afeta o final do jogo. Ter sucesso numa missão permite desbloquear novas skins para a nave, que são apenas detalhes visuais desbloqueáveis. O número de fases concluídas afeta o final do jogo. Ao final da maioria das fases, há um chefe e ao derrotá-lo, em grande parte, ganha-se um novo ataque especial. Apesar de todos serem úteis, não é necessário adquirir todos. Quando mencionei anteriormente sobre elementos no hud que só fazem sentido ao longo da jornada, um deles é o genoma, que aparece no canto superior direito da tela, ele é usado para um determinado ataque especial. Além disso, existem quatro slots abaixo da barra de energia que são utilizados para outros ataques especiais. A nave suporta danos, mas alguns podem esgotar sua energia. É possível encostar em paredes, exceto na fase estômago. O deslocamento rápido nessa fase é muito útil para atravessar obstáculos, e a bomba também ajuda a se locomover por eles. Ao longo de um estágio, você pode obter itens aleatórios, incluindo melhoria para o seu tiro, você a perde se morrer. No início de cada nova fase, seu tiro retorna ao padrão. Outro item que aparece é um escudo que aguenta alguns impactos. No geral, os chefes de fase não são difíceis, exceto o último, que possui um ataque mortal, mas isso é aleatório. Em algumas partidas, ele fica parado, enquanto em outras ataca sem parar. Os gráficos, em geral, são em pixel art, mas há elementos em 3D. Alguns tiros inimigos são difíceis de enxergar e, às vezes, os cenários ficam embaçados, provavelmente para transmitir a ideia de que o paciente não está nada bem. As músicas são boas, mas não me lembro de um tema marcante. Os efeitos sonoros também são bons, embora em alguns momentos pareça faltar algum efeito. Como um todo, achei Herodes divertido, apesar de sua estrutura não ser a de um típico jogo de nave arcade, pois pode ser jogado de várias maneiras, o que possibilita que cada jogador faça sua própria jornada. Visualmente, Herodes é estranho e esquisito, mas eu curti. Para mim, valeu a pena. Forte abraço e fique com Deus.